Embora não se fale muito dessa região, o poplíteo é bastante conhecido por profissionais que tratam de lesões no joelho de atletas praticantes de atividades de alto impacto. Sendo um músculo da camada profunda da região posterior da perna, acaba por manter-se próximo de estruturas como: flexor longo dos dedos, flexor longo do hálux e tibial posterior. Além disso, é interessante saber que ele está localizado sob o ventre do gastrocnêmio e sob sua própria fáscia muscular.
A mais conhecida função deste músculo está relacionada à flexão do joelho. Quando ela ocorre, o poplíteo tem a capacidade de “puxar” o menisco para a posição laterodorsal. Ademais, também atua sobre a inserção da tíbia, fazendo a rotação interna da mesma em relação ao fêmur. Contudo, isso só acontece quando o pé não está apoiado no chão, caso contrário, o músculo em questão faz a rotação externa do fêmur em relação a tíbia.
A tendinite do poplíteo é extremamente comum em atletas corredores de longa distância. Isso é uma realidade por conta de seu processo inflamatório, desenvolvido a partir da repetição do movimento de flexão e extensão do joelho. Geralmente, os casos mais frequentes ocorrem após a prática de um exercício em que o corpo não foi devidamente alongado. Para identificar esse tipo de lesão não é muito complicado, já que ela começa com uma pequena dor, localizada na região lateral e posterior do joelho, normalmente ao redor do tendão, que vai aumentando com o passar do tempo se não for diagnosticada e tratada corretamente.
Além da dor, a tendinite na região pode ser identificada a partir de queixas do paciente, como a dificuldade em manter o ritmo de treino ou exercício. A maior sensibilidade na região póstero-lateral do joelho também pode ser constatada, assim como inchaço na mesma.
Como na maioria dos casos de lesões no joelho, o melhor diagnóstico da tendinite do poplíteo pode ser feito pelo exame de ressonância magnética. O tratamento costuma ser conservador, com medicamentos, fisioterapia e repouso. Ou seja, inicialmente, o recomendado é reduzir o quadro álgico destes pacientes e este manejo da dor pode ser realizado sob a prescrição de anti-inflamatórios e analgésicos, compressas frias para diminuir o inchaço e, mais especificamente, com a utilização dos métodos reparadores teciduais promovidos pelos recursos de eletrotermofototerapêuticos da fisioterapia.
Claro que, na verdade, o melhor tratamento sempre será a prevenção. Portanto, para que isso seja evitado, ao menor sinal de dor no joelho recomenda-se a diminuição do volume de treinamento e a avaliação de um profissional especialista. Após o diagnóstico, a fisioterapia deve ser concluída e o retorno aos treinos terá que ser gradativo. Dentre todas as recomendações que podem ser oferecidas pelo médico, destaca-se ainda a importância do fortalecimento do quadríceps, especificamente quando se trata de tendinopatia do poplíteo.