Considerada maior e mais complexa articulação do corpo humano, o joelho é rodeado de elementos que dão harmonia aos nossos movimentos. Formado por duas articulações em sua cápsula articular (articulação tibiofemoral e articulação patelofemoral), além dos ossos da perna e da coxa (tíbia, fíbula, fêmur e patela), o joelho é fundamental na hora da dissipação da energia cinética. Ou seja, qualquer força desenvolvida pelo corpo (como caminhar, correr, agachar, pular…) passa por sua estrutura, atuando como um amortecedor de impactos diários.
De fato, a anatomia dessa região possui muita estabilidade, já que é sustentada por quatro ligamentos (ligamento colateral medial, ligamento colateral lateral, ligamento cruzado anterior, ligamento cruzado posterior). Além disso, por trata-se de uma articulação do tipo sinovial (responsáveis por realizar comunicação entre duas extremidades ósseas permitindo movimento), o joelho permite que o corpo sustente cargas, oferecendo mobilidade para a realização de atividades locomotoras.
Ao mesmo tempo que toda sua estrutura deve trazer tal estabilidade, há também a necessidade de uma grande mobilidade da região. Porém, as duas demandas são contraditórias entre si, tornando sua disposição repleta de complexidade. Devido a isso, o joelho acaba por estar sujeito a constantes problemas, dependendo de seu estado momentâneo e da ação que se constrói em sequência.
A falta de preparo muscular pode não dissipar corretamente o peso sobre o corpo e causar sobrecargas, desenvolvendo lesões em cartilagens, tendões e na membrana. Por isso, diz-se que o sedentarismo é o principal responsável pelo desequilíbrio e fraqueza muscular com repercussões no joelho. Acarretado a isso, o sobrepeso também pode ser um grande problema para as cartilagens dos membros inferiores, já que aumenta exponencialmente a carga necessária para sustentação do corpo naquela região.
Alguns cuidados são necessários para manter a estrutura do joelho funcionando corretamente. Dentre eles, o exercício é o que mais se destaca, já que a construção de músculos fortes nos quadríceps e isquiotibiais (anteriores e posteriores da coxa) ajuda na distribuição de peso, trazendo conforto para a área em questão. Para isso ser desenvolvido de uma maneira saudável, o ideal é que tudo que for executado esteja sob a supervisão de um educador físico, evitando-se angulações e posturas lesivas.
Para pessoas que já sofrem com o desgaste articular, seria importante a adesão de atividades aeróbicas de baixo impacto, como hidroginástica, ciclismo e natação. Uma outra dica seria investir em uma boa flexibilidade e bom arco de movimento do quadril e tornozelo, já que os dois ajudam a transmitir e dissipar melhor a força durante o esporte, evitando a sobrecarga nos joelhos.
Se o caso de fato envolve uma lesão, antes de aderir a qualquer dos planejamentos acima, o mais indicado é a busca de um especialista, para que aconteça um bom acompanhamento médico em todo o processo de fortalecimento e melhora da região.