A Artrose de Joelho, ou Gonartrose, trata-se de uma doença degenerativa e inflamatória, que provoca progressivamente a destruição da cartilagem articular do joelho. Esta torna-se cada vez mais comum com o passar do tempo e o envelhecimento.
A doença pode ser Idiopática, onde não há uma causa conhecida, ou causada por algum fator conhecido como um trauma ou cirurgia prévia por exemplo. Dentre os diversos fatores para o desenvolvimento da doença, destacam-se os fatores genéticos, idade, alterações metabólicas, entre outros.
O tratamento da Gonartrose pode ser conservador ou cirúrgico, dependendo de sua classificação. Confira a seguir quais são as 5 principais classificações da Gonartrose:
Grau 1
Na gonartrose de grau 1, pode-se identificar através do exame de Raio X um espaço articular duvidoso com possível osteófito na borda.
Grau 2
Aqui já há uma obliteração do espaço articular, que já era duvidoso, e a presença de osteófito é confirmada.
Grau 3
Nesta fase, no Raio X em projeção Antero-Posterior notamos um desgaste do platô tibial menor que 5mm enquanto que, no de Perfil, a parte posterior do platô continua intacta.
Grau 4
Na quarta fase o Raio X em AP identifica um desgaste entre 5 e 10mm do platô tibial, no de perfil um desgaste extenso em sua margem posterior pode ser observado.
Grau 5
Na última classificação da Gonartrose, o Raio X em PA mostra uma grave luxação da tíbia e o de perfil identifica uma subluxação da parte anterior da tíbia.
Os principais sintomas da doença são:
- Dor de moderada a intensa na articulação
- Rigidez e dificuldade de movimentação do joelho
- Inchaço evidente da região
- Crepitação durante os movimentos (estalos)
- Deformidades aparentes no eixos do joelho
O diagnóstico da doença é feito através do exame físico com profissional habilitado e de uma combinação de exames de imagem, como radiografias. Em casos mais específicos, o médico pode pedir exames adicionais como ressonância e tomografia computadorizada para complementar o estudo imagem quando necessário.
A gonartrose é uma doença degenerativa e progressiva onde não há cura. Porém seu tratamento pode restabelecer a qualidade de vida do paciente ,diminuir significativamente as dores na articulação e impedir a progressão da doença. Pode-se dividir o tratamento em conservador e cirúrgico.
O tratamento conservador consiste no uso de medicamentos e procedimentos anti inflamatórios, condroprotetores e analgésicos.
A viscossuplementação tem sido cada vez mais utilizada no tratamento conservador devido melhora rápida da dor e de outros sintomas quando bem indicada.
A segunda parte do tratamento passa por mudanças de hábitos, como perda de peso, prática regular de atividade física, preferencialmente de baixo impacto, entre outros.
O tratamento cirúrgico é indicado em estágios avançados da doença, onde a articulação encontra-se extremamente danificada, ou quando os demais tratamentos já não surtem mais efeitos. Pode ser indicado osteotomias corretivas de eixo, prótese de joelho de diferentes tipos ou apenas artroscopia em casos muitos selecionados.
Dr. Rafael Mançãno
Médico Ortopedista
CRM: 52-96203-1